13 de novembro de 2013

Encontro das turmas do 5º Ano da Escola Gonçalo Nunes com Júlio Borges 

Terça-Feira,  19 de novembro
das 16 às 18 horas

na
 Biblioteca da Escola
Júlio Borges

Nasceu em Bragança no ano de 1974.
Licenciou-se em Ensino Básico, variante de Matemática e Ciências da Natureza em 1999.
Iniciou a sua atividade docente em 1997, tendo percorrido várias escolas do Norte do país e do Arquipélago da Madeira.
Possui o Diploma de Estudo Avançados em Teoria e História da Educação – área de especialização em Educação de Adultos, pela Universidade de Salamanca.
É professor do Quadro de Nomeação Definitiva do 1° Ciclo do Ensino Básico, no Agrupamento de Escolas de Briteiros, em Guimarães.
É formador do Centro de Formação Francisco de Holanda, nas áreas de Matemática e Novas Tecnologias desde 2009.

Livro a apresentar.


O País sem números” (excerto)
  • Era uma vez um país chamado Imprecisolândia, em que ninguém conhecia os números, ninguém conhecia as operações aritméticas, as medições, ninguém conhecia a matemática. Era um país em que tudo era feito, como costumavam dizer os seus habitantes, os imprecisolandeses, “a olho”. Quer dizer, as medições eram realizadas sem qualquer precisão. A temperatura media-se em calor e frio; o tempo em muito e pouco, noite e dia; a altura em alto e baixo e assim-assim.
  • Para o peso havia as classificações mais engraçadas que possas imaginar. Havia o gordo-hipopótamo, o magricelas-minhoca, o magro-tronco-de-videira, o forte-montanha e havia até o assim-assim-corpo-de-gazela. A idade era ainda mais engraçada: havia os bebés, claro está, os meninos e meninas, a idade-dois-para-uma-sombra, que era quando os rapazes e raparigas começavam a namorar, a idade-de- ficar-careca ou a idade-de-ter-filhos, caso fosse homem ou mulher, e, por fim, a idade mais avançada, que era chamada a idade-do-encolhe-encolhe-e-dores-nas-costas.
  • Estas medições de tempo, peso e idade provocavam sempre muitas confusões, mas a maior confusão era a medição de distâncias, tudo ficava já ali, além ou acolá, ao virar da árvore, rocha ou montanha.
  • Era um país muito desorganizado, porque não podia haver votações. Os ministros eram escolhidos todos os dias. Assim, quem chegasse primeiro ao ministério, vestido de fato e gravata, era escolhido para as funções nesse dia. Era uma situação muito prejudicial, já que não havia política que resultasse.
  • Mas também não tinham tarefa fácil. O ministro das finanças nunca fazia nada, pois tudo era feito por troca direta, já que não havia dinheiro, e ele não tinha nada para trocar.
  • Não havia ministro da educação, pois não havia escolas, nem qualquer conhecimento científico. O ministro da saúde também não fazia nada, pois não existia. Como não havia médicos nem enfermeiros, e toda a população reclamava por isso, ninguém se aproximava sequer deste ministério. 


Sem comentários:

Enviar um comentário